O Brilho dos Objectos Celestes: Magnitudes
Cada objecto que nós vemos no céu tem um nível de brilho diferente. Durante o dia o sol é tão brilhante que nós nem ousamos olhar directamente para ele. No céu nocturno, a lua é sem dúvida o objecto mais brilhante seguido dos grandes planetas, depois as estrelas, e outros objectos como aglomerados estelares, nébulas e galáxias.
Astrónomos modernos definiram uma escala de magnitude para quantificar a diferença de brilho entre os diferentes objectos. Como a escala é logarítmica (um aumento de 1 em magnitude quer dizer um aumento de 2.5 de brilho), é difícil de calcular uma magnitude só a olhar para um objecto. É mais fácil aprender a magnitude de alguns objectos celestes comuns e usá-los para comparar.
Se dois objectos têm 5 magnitudes de diferença, as suas intensidades diferenciam-se 100 vezes. Por exemplo, uma estrela de magnitude 1, é 100 vezes mais brilhante do que uma estrela de magnitude 6. Segue-se então que 1 magnitude é igual a 2.5 de diferença em intensidade ( nós obtemos este número tirando a raiz 5ª de 100, que é igual a 2.51189). Uma estrela de magnitude 2 é 2.5 vezes mais brilhante do que uma estrela de magnitude 3.
Quanto mais brilhante o objecto, menor é a sua magnitude! A estrela mais brilhante no céu (para além do Sol) é Sírius na constelação de Canis Maior, com uma magnitude de -1.6. As estrelas mais fracas visíveis a olho nú, têm cerca de magnitude 6. Polaris, a estrela do Norte tem uma magnitude de 2.1. Telescópios pequenos permitem-te observar objectos com a magnitude até de 13 ou 14.
Vénus, Júpiter e Marte, todos ficam muito brilhantes a certas alturas e muitas vezes até mais brilhantes do que a estrela mais brilhante Sírius.
Objecto(s) Visualizado(s) ..............................................Magnitude Aproximada
Nosso Sol ----------------------------------------------------------- -26.0
Vénus ------------------------------------------------------------------Váriavel, tão brilhante como -4.4 (as
---------------------------------------------------------------------------vezes visível durante o dia)
Estrela mais brilhante (Sírius)--------------------------------------- -1.60
Poláris, a estrela do Norte --------------------------------------------2.1
Objecto menos brilhante que
Pode ser observado a olho nu --------------------------------------6ª magnitude, cerca de 2500 estrelas.
SAO catálogo de estrelas --------------------------------------------9ª magnitude, cerca de 260.000 estrelas
Telescópio pequeno-------------------------------------------------- 14ª magnitude, milhões de estrelas
Catálogo Guia de Estrelas Hubble-----------------------------------objectos com magnitude 14.5, 20.000.000 objectos
USNO Catálogo do Observatório Naval dos E.U.A. -------------Magnitude 21, cerca de 500 milhões de objectos
II
Objectos do Sistema Solar
Planetas
Um planeta, conforme definido em 24 de Agosto de 2006 pela União Astronómica Internacional, é um corpo celeste que gira numa órbita em torno de uma estrela, tem massa suficiente para que sua própria gravidade supere as forças de corpo rígido de modo que assuma uma forma com equilíbrio hidrostático (aproximadamente esférica) e tenha limpado a vizinhança de sua órbita (de forma que praticamente não haja população local). Todos os planetas solares e praticamente todos os exosolares se incluem nestas definições.
As planetas são grandes massas esféricas que orbitam o Sol. O nosso sistema solar contem nove planetas que estão presos pela gravidade do Sol. Mercúrio e Vénus são chamados de planetas interiores porque as suas órbitas estão dentro da órbita da Terra. Os restantes planetas (Marte, Júpiter, Saturno, Uranus, Neptuno e Plutão) têm órbitas fora da órbita da Terra, e por isso são chamados de planetas exteriores.
Planetas interiores e planetas exteriores não devem ser confundidos com o sistema solar interno e externo. O sistema solar interno contém o planeta Mercúrio, Vénus, Terra e Marte, cujo suas órbitas estão agrupadas próximo do Sol, comparando com as órbitas dos restantes planetas do sistema solar externo.
Quando observado com o olho nu, planetas parecem estrelas no céu nocturno, mas com um olhar mais atento revela diferenças importantes. Se comparares um planeta com uma estrela próxima, verificarás que os planetas não piscam/vibram como a estrela. Também, as posições dos planetas mudam continuamente quando comparado com as estrelas que permanecem fixas ano após ano. A palavra “planeta” é derivada da palavra Grega “planes” que quer dizer “O vagueado”, ou “Vagabundo”
Quando observados por um telescópio, os planetas têm um tamanho aparente, enquanto que as estrelas aparecem como pontos de luz. Por exemplo, Júpiter tem um diâmetro angular de cerca de 30 arc. seg.
Arranjos Planetários
A seguinte figura mostra a terminologia para alguma das posições que os planetas podem ter em relação ao Sol.
Arranjos planetários - Vista directamente a Norte do Sol (Note: Objectos do sistema Solar não estão na escala)
Se Mercúrio ou Vénus estão direitamente entre o Sol e a Terra, diz-se que está em Conjunção Inferior. Quando Mercúrio ou Vénus estão no lado oposto do Sol, nós chama-mos de Conjunção Superior.O ângulo entre o Sol e um planeta a partir de uma perspectiva na Terra , é chamado de elongação do planeta. Na elongação máxima do Leste, Mercúrio ou Vénus está no seu máximo ponto Leste e visível no céu nocturno. Na máxima elongação do Oeste, eles são visíveis nas horas da manhã.
Quando um planeta externo está atrás do Sol, o planeta está em conjunção (a sua elongação é de 0º). Quando está exatamente oposto ao Sol no céu, Está em oposição (a sua elongação é de 180º). A melhor altura para se observar um planeta é quando este se encontra em oposição, uma vez que está aproximadamente 180º longe do Sol, e esta no zenite do céu nocturno.
Dados Planetários Importantes